quinta-feira, 30 de maio de 2013

VINÍCIUS DE MORAES

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Uma ótima semana para todos, beijocas

3 comentários:

  1. O Vinícius sempre sabe como falar coisas que adoraríamos dizer e não sabemos como... ótimo texto!!!

    Beijocas

    www.vidabonita.com.br

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  2. Vinícius já fala tudo, nem tem o que comentar...

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